Sunday, March 11, 2007

Essa última semana não foi das mais simples. Desconfio de estar com o tal “distúrbio de alteração de humor” (um dia deprimida, outro eufórica), o que por si só já é bastante estranho. Mas pode ser também só o estresse... Hoje tive uma prova importante, relacionada ao meu trabalho, e há um mês só tenho estudado. Acho que “pensar” é, ao mesmo tempo, minha melhor qualidade e meu pior defeito. Penso em um monte de coisas, mais do que deveria, e na hora errada também. Várias preocupações, poucas horas de sono, “necessidade” de Internet para aliviar a tensão... Enfim, foi brabo. Mas, acho que agora está passando... O corpo sente o cansaço, mas a mente está mais aliviada.

Isso tudo foi pra justificar a minha “intempestividade” em postar um texto sobre as mulheres, aproveitando o ensejo do “Dia Internacional da Mulher”, rsrs...

Cara-de-pau? Ahh... só um pouquinho...
:-)



Coisas de Mulher...


A primeira coisa que devo dizer ao tentar definir as mulheres, é que elas não gostam de ser definidas. Gostam de ser tratadas com igualdade, mas ao mesmo tempo, sentem a necessidade de que a vejam como uma pessoa única, especial, diferente das outras. Tá achando complicado? Isso é só o começo...

Há teorias que dizem que homens e mulheres se diferenciam apenas pelo modo como são criados, e pelas experiências que vivem. Entretanto, ninguém pode negar que, em todas as sociedades, essas diferenças são bem marcantes. Na nossa, por exemplo. As meninas, desde pequenininhas, já tem um jeitinho diferente dos meninos. Geralmente são mais meigas e manhosas, e não raramente usam o seu “charme de menininha” para conseguirem o que querem.

Mulheres são sonhadoras. Desde pequenas, sonham com a maternidade, brincando com suas bonecas... sonham em ter um grande amor, sonham em ser grandes profissionais, sonham em ter uma casa independente, em montar um negócio próprio, em direcionar para o bem todos os filhos, em serem eternamente lindas. Criam imensas expectativas. Ficam tristes ao vê-las se desmanchar. Mas apesar de tudo, sonham tudo de novo. Sonham diferente, criam um caminho alternativo. E prosseguem.

A mulher é resistente à dor. As dores grandes, dores de partos, dores de guerras, dores de catástrofes, dores de grandes decepções. Nada derruba a mulher. Ela sobrevive.

A mulher tem medo do imprevisível, do incerto, medo daquilo que ela não pode visualizar. Ela tem medo de mergulhar de cabeça e encontrar as pedras. Teme o abandono, o desprezo, a solidão. Tem medo de ser substituída, esquecida, prejulgada, condenada e banida, tantas foram as vezes em que elas já passaram por isso. Por isso, ela valoriza a segurança.

Mulheres lutam. Lutaram por toda a história, em busca de seus ideais – fosse a favor da pátria, fosse para proteger seus companheiros, fosse para defender os seus direitos, lá estava a mulher... Elas continuam lutando, dia-a-dia, para sustentar os seus filhos, para conquistar sua independência, para viverem plenamente... entretanto, elas sofrem muitas exigências para que seu esforço seja valorizado.

A mulher lida diariamente com os padrões de perfeição. A mulher ideal tem que ser: feminina, cheirosa, bem arrumada (de preferência, deslumbrante), uma profissional competente, organizada, tem que saber cuidar da casa, cozinhar bem, ser paciente com as crianças, com seus pais, tem que ser distinta e discreta, mas também tem que saber ser ousada e esperta, tem que ter bom senso e paciência, tem que ter ciúme, mas não pode externalizar, tem que ter ouvido, mas nunca falar. Tem que ver o seu marido babar por Juliana Paes, Sheila Carvalho, Danielle Winitz e Ana Paula Arósio, saber que nunca vai ser igual a elas, mas não poder se sentir infeliz por isso. Pior, saber que existem outras mulheres provocantes soltas por aí (concorrência é um desgaste), e querer acreditar “por tudo o que é mais sagrado” que “ele” só tem olhos pra ela. Tem que encarar TPM, menstruação, menopausa, gravidez (e enjôos, e modificações no corpo...), e estar sempre de bom humor. E, pra finalizar, depois de um dia exaustivo de duplas e triplas jornadas... ser uma mulher linda e imbatível para continuar conquistando o seu amado a cada dia (sim, do contrário, ele a deixa na mão – belos companheiros), e que não vai se preocupar nem um pouco em estar arrumadinho pra ela. Mas a mulher, ahhh... ela "ama incondicionalmente".

Nem sempre a mulher é isso tudo. Será que as mulheres merecem ser impostas a um modelo tão exigente e quase inconciliável? Será que não podem ser amadas do jeito que são, assim como os homens?

Mulher tem medo de envelhecer. Tem medo das desvantagens da idade.
Mas, a passagem do tempo é inevitável. Então, quando a idade chega, ela acalenta os seus sonhos como lembranças dos bons tempos que ela viveu. Muitos sonhos interrompidos...

As mulheres de hoje querem acalentar no futuro lembranças de sonhos realizados, de momentos bem vividos, de adrenalina, surpresas e suspiros, de desafios alcançados, de beijos roubados, de grandes parcerias, de amizades, família unida e de muita paz. Devemos isso às nossas antecessoras que tanto lutaram para que tenhamos a dignidade e liberdade que temos agora.

Podemos tudo o que queremos.
O que nos diferencia é não querermos tudo o que pudemos
.
A responsabilidade é ainda a nossa maior aliada.

Mulheres...
Estamos só na metade do caminho...
Ainda temos muito a conquistar.
E vamos!


“Sou fera, sou bicho,
Sou anjo e sou mulher,
Sou minha mãe, minha filha,
Minha irmã, minha menina

Mas sou minha, só minha
E não de quem quiser...”
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Sunday, March 04, 2007

O Vôo não poderia perder a oportunidade de homenagear a beleza desse fenômeno raro...
Para quem já conhece a minha admiração pelos encantos noturnos...




Despedida do Eclipse

Naquele momento, era eu ali.
Eu que, por alguns minutos, escondi a Lua,
Só para que você pudesse me ver
No espetáculo da sombra...

Sei que esperava por mim,
Sei que me admirava no momento do alinhamento perfeito...
Apesar de tudo, foi para ela que se voltou o seu olhar.

A vida é assim.

Daqui a um tempo eu volto,
Quando você já estiver com saudades...
Será possível alguém sentir saudades de um eclipse?

Não importa...
Estarei movendo céus e terras
Pois sei que, nesse dia
Sua atenção será minha outra vez...

E mesmo que este momento dure pouco tempo
Valerá a pena,
Por que ele ficará marcado, para sempre...
Na nossa história.

Foto: Tirada ontem, presente da amiga Anabel.

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Thursday, February 08, 2007


Luto

Hoje vi na tv uma notícia muito, muito triste.
Ela envolvia um assalto a um carro, que continha três passageiros.
Os bandidos armados fizeram a família sair do carro, mas o menino de seis anos ficou preso no cinto.
A mãe, desesperadamente tentou soltar o filho, mas não conseguiu. Os bandidos saíram. O menino ficou preso do lado de fora do veículo.

O crime se estende bem além do trecho onde parei, mas não posso mais transcrevê-lo, porque dói muito.

Chorei por muito tempo mesmo. Nunca chorei tanto assistindo à tv. Chorei do início ao fim, e além. Chorei ainda mais quando descobri que os bandidos suspeitos de cometeram crime tão imensuravelmente cruel eram apenas meninos. O mais velho tinha 18 anos. O mais novo era menor de idade.

Meninos.

O que levou estes jovens a cometer tamanha brutalidade?
Medo? Drogas? Desespero?
O que será que eles sentiram quando perceberam o que estava se passando? O que os levou a continuar?
Que pessoas passaram pela sua cabeça nesse momento?
Qual o tamanho da dor que ardeu em seus estômagos depois?

Lembrei que eram seres humanos.
Lembrei que muitas vezes fiz o que não devia, o que não queria, o que me avisaram que era pra não fazer, o que sabia que não era o correto, o que podia machucar alguém.
Não será esta força que nos move ao erro a mesma que moveu os bandidos a agirem de maneira tão desesperadamente estúpida?

Nós, humanos, somos burros.
Nós, humanos, somos frágeis.
Nós, humanos, queremos ser vistos e admirados, temidos e respeitados.
Porque nós, humanos, tememos a indiferença.
Nós, humanos, somos egoístas e orgulhosos.
Nós, humanos, agimos inconseqüentemente.
Nós, humanos, nos arrependemos das coisas e deixamos que pensem que não.
Nós, humanos, nem sempre sabemos perdoar.
Não somos bonzinhos.
Não somos exemplo.
Somos movidos apenas de curiosidade e adrenalina, tentativa e erro.
Nós, todos nós, somos apenas humanos.

Somos todos pobres meninos.
Meninos.

No final de tudo, só consegui proferir uma palavra: “lamentável”.

Lamentei tudo o que posso ser e não sou, mesmo com todas as oportunidades que a vida me concedeu. Será que eles tiveram as mesmas oportunidades?

Lamentei as vezes que fui intolerante com os meus pais. Será que eles tiveram pais tão bacanas quanto os meus?

Lamentei não ter ensinado tudo o que podia a todos que poderiam aprender.

Lamentei não ter aprendido tudo o que podia de todos os que poderiam me ensinar.

Lamentei a minha espontânea insignificância.

Luto, a partir de hoje.
Luto para ser e oferecer o melhor de mim.
Luto, para dar à vida daquela criança o significado que ela merece.
Luto para ter a dignidade de dizer que lutei.

Como nós, humanos, também fraquejamos
Deixarei gravado aqui o meu luto
Que é para eu jamais me esquecer disso
E prosseguir.

“Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa Paz”.

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Saturday, February 03, 2007

Diário do Avesso - II


Quero matar

É a terceira vez que olho pro relógio, mas não adianta, a hora não passa.
Quando a gente está distante das pessoas que amamos, o tempo não é um bom aliado. Por mais que se conte os minutos, as horas, os dias, meses até...
Tudo começa quando um fato qualquer nos remete uma lembrança. Um sorriso, um abraço, aqueles olhos brilhantes e alegres, aquela besteira que dissemos um dia e caímos na gargalhada... Pronto. Dá aquele negócio estranho no peito que parece que, por mais fundo que se respire, o ar não é suficiente para saciar os pulmões.


Saudade...

Todos sabemos que esta palavra só existe na Língua Portuguesa – inculta e bela. Será que apenas dizer algo que sintetize um sentimento é suficiente para traduzir o que acontece por dentro quando a gente o sente?

Sinto sempre saudade.
Saudade de quem está longe, a uma infinidade de metros - e más condições, e falta de dinheiro, e férias que não chegam - daqui.
Saudade de amigos, com quem muito ri e brinquei, e que o tempo levou e não deixou endereço ou telefone de contato.
Saudade dos animais de estimação que tanta alegria já me trouxeram, mas que a vida também levou de mim.
Saudade de sentar no parapeito da janela e chupar um monte de laranjas, descascadas pela mamãe, vendo as árvores do vizinho balançarem com o vento.
Saudade de quem está perto, mas está ausente, em outra órbita, distante demais para ouvir o meu chamado.
Saudade de alguém que ainda está pra chegar...
Saudade de momentos vividos e que nunca serão repetidos.
Saudade de coisas que sonhei de forma latente e que ainda espero viver. A espera é tamanha que a sensação é a mesma da saudade.

“Eu quis o perigo e até sonhei sozinho
Confesso: assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende do início ao fim...
E é só você que tem
A cura do meu vício de insistir
Nessa saudade que eu sinto
De tudo que ainda não vi...”


Saudade...
Não é uma palavra bonita.
Não é um sentimento bom.
Não é piedosa, nem consola.


Só é boa mesmo de matar.


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Monday, January 15, 2007

Adoro escrever sobre a vida. Mas ela não é feita só de calmaria.
Então deu vontade de escrever sobre as coisas que não são ditas.
Pessoal? Impessoal?
Nem um nem outro...


Diário do Avesso - I


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Ao lado da Solidão


Ela está chegando, doce e sorrateira. Sinto sua presença. Posso vê-la na bela manhã ensolarada, dançando junto com o vento, por entre as árvores. Fria...

Ela tem um poder único, capaz de tornar o mundo exterior belo e feliz, usando como combustível a minha força interior, que vai se esvaindo. A energia acabou, mas ela não pára de consumi-la, não quer sair do meu lado. Diz que gosta da minha companhia.

Ela tem gosto de vinho, daqueles tintos, rascantes, que é bebido lentamente, desce queimando pela garganta e arde no estômago. A cabeça fica pesada, o raciocínio fica lento, os músculos desistem de sustentar o corpo. Minhas mãos estão pálidas, trêmulas, e posso sentir minha pulsação. Ela, a temida e doce companheira, tirou toda a minha alegria.

O silêncio retumba nos meus ouvidos. Tento ouvir música, mas estas me causam dor. Então ligo a tv... Fútil, é incapaz de me compreender. Não há palavra exterior que se dirija a mim. As que eu tinha para dizer estão presas. As lágrimas fazem força pra sair, e tentar contê-las está me dando dor de cabeça. Mas não é momento de chorar, porque o mundo sorri lá fora, e não quero deixar de ver a alegria estampada no rosto das pessoas. A felicidade alheia, mesmo quando não quer ser solidária, ainda é um raio de luz que posso ver entre as grades que me aprisionam.

“É só hoje, e isso passa
Só me deixe aqui quieto, isso passa...
Amanhã é outro dia,
Não é?”

Então tento dar um sorriso, mas não posso. A cabeça tinha de estar erguida! Maldita companheira que me enfraquece, nem mesmo consigo sustentar meu olhar no horizonte... Miro as pedras no chão, conforme ando. Elas não nos recriminam quando estamos tristes.

Durmo e acordo. Para o meu desesperado silêncio, absolutamente nada acontece.
Então vêm os erros. E o olhar reprovador. E os erros estão se multiplicando, e existe uma lente imensa sobre as minhas falhas. E vem o aperto no peito. E a alegria está cada vez mais distante... Está no outro continente, mas só tenho uma canoa para atravessar o oceano.

E se eu entrar na canoa? Será que perecerei no mar?
Quanto tempo terei que remar?

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Então eu entro e encaro o medo. Não tenho nada a perder. E descubro que remar faz com que este dia seja diferente do de ontem, quando nada acontecia. O meu movimento para atravessar o oceano faz uma coisa diferente nascer aqui dentro, algo que me impulsiona a chegar aonde quero.

Por mais distante que seja, por mais pedras que haja no caminho.
A dificuldade me desafia, e o desafio afasta a melancolia.
O bom da vida é a luta. É ela que nos traz à tona.

Vejam só! Já cheguei do outro lado, e nem percebi...

Quanto à minha doce companheira? Acabou ficando lá, no outro continente.


Resolvi deixá-la só.
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Thursday, January 04, 2007


Ano Novo de novo


Eis que chega 2007. Ufa!

Acho que todos gostamos quando um novo ano entra, trazendo esperança de que a nossa vida mude para melhor, que seja diferente. Gosto do Ano novo porque ele tem uma força transformadora muito potente. Nunca somos iguais no início e no final de um mesmo ano. E eu, geminiana movida à metamorfose, adoro poder observar tudo o que vivi. Tem momentos bons, e outros ruins, sim. Mas o melhor de tudo é ver que passei por eles e estou aqui, pronta para outra. O que tiver que ser, será, mas... é lógico que somos responsáveis pelos rumos que damos às nossas vidas.

Para entrar em 2007 com um astral bom, o Vôo brinda vocês com um texto* que recebi por e-mail, pra gente pensar um pouco, já que o momento é de reflexão:

Quando...
Quando amar, ame o mais profundamente que puder.
Quando falar, fale o que for realmente necessário.
Quando sorrir, procure sorrir com os olhos também.
Quando inventar algo, procure pensar nas pessoas que ajudará com o seu invento.
Quando pensar em desistir, lembre-se da luta que foi começar. E não desista!
Quando quiser se declarar a alguém, faça isso sem medo do que pensarão de você.
Quando sonhar, sonhe bem alto, bem longe.
Quando for partir, não diga “adeus”: diga que tudo foi maravilhoso.
Quando abraçar um amigo, abrace com todo carinho e lembre do abraço por toda a vida!
Quando precisar de ajuda, não se envergonhe em pedir socorro: sua humildade vale a vitória.
Quando sentir raiva de alguém, peça luz em oração para esta pessoa.
Quando tentar algo de novo na vida, tente pra valer, arrisque-se e viva intensamente.
Quando você precisar de um amigo, lembre-se de que os verdadeiros amigos, mesmo que não estejam aí, do seu lado, estão torcendo por você e pela sua felicidade!


Tenho certeza de que, fazendo um pouco de tudo isso, o seu 2007 já será fantástico. Estarei torcendo para isso... E lembre-se de que “quando você precisar de um amigo”... eu também estarei aqui, ok! :-)

Feliz Ano NovoOOoOOoo!!!!!!!!!!!

E um abraço especial, daqueles fofos e bem apertados, para todos vocês!!!!!!!


* Mensagem retirada do site
www.diabetenet.com.br
Foto retirada do site www.fotosearch.com.br
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Sunday, December 24, 2006


Já é Natal...

Enfim, chegou o Natal! Nossa, como o ano passou rápido!
Quando estamos no Carnaval, costumo pensar que já já estaremos no Natal. Mesmo assim, sempre me assombra a rapidez com que ele chega. A nossa vida passa, sim, muito rápido. Todo esse clima de Natal, associado a esta idéia de que a vida é passageira me faz pensar que devemos tentar sempre aproveitar ao máximo a oportunidade de estar aqui. Acho que a melhor forma de viver a vida é marcando o nosso nome na história. Não importa se for na história mundial, nacional, do bairro, da rua ou na história de alguém. O que importa é que fiquemos guardados no coração das pessoas às quais fizemos sentir-se amadas, ouvidas, atendidas, abraçadas, aliviadas, queridas, felizes. Mas é preciso lembrar de espalhar essas sementes por onde passamos. Por isso, aproveite que é Natal, e que você tem uma ótima desculpa, e abrace alguém. Ligue para um velho amigo, mande um e-mail para aquela pessoa com quem você não fala há muito tempo, visite alguém da sua família que você não vê a muito tempo... Faça um dia diferente na vida de alguém e na sua: aproveite a vida!
E depois que o Natal passar, tente manter o contato, mesmo que por telefone, com essas pessoas. Elas vão gostar de ser lembradas num dia comum...

O Natal também me traz uma idéia de Nostalgia. Este dia, atualmente, não tem mais o mesmo brilho infantil que tinha antes... não sei se é pelo momento que vivo agora, pela ausência de crianças na minha casa, pela falta que sinto dos amigos (que estão com suas respectivas famílias, e eu adoro a minha casa cheia)... Mas a verdade é que, na infância, tudo era incrivelmente mágico. Lembro que eu gostava de observar as luzes da árvore de Natal que formavam desenhos por detrás da porta. Lembro do tom colorido que o pisca-pisca dava aos alimentos da ceia sobre a mesa, quando a luz da sala estava apagada. Lembro da toalha de mesa azul com riscos brancos e desenhos de flores, e da Coca-Cola, cujo frasco de vidro suava de tão gelada. Lembro dos papéis de presente em baixo da cama, para ver se ganhava mais (isso nunca funcionava, rsrs). Lembro que eu parava para escutar as canções de Natal que tocavam na TV. Tinha uma, um dingle de uma famosa companhia de aviação, que sei de cor até hoje:

Estrela brasileira
N
o céu azul
Iluminando

De norte a sul

Mensagem
De amor e paz
Nasceu Jesus,

Chegou o Natal...

Papai Noel

Voando a jato pelo céu
Trazendo um Natal

De felicidade
E um ano novo

Cheio de prosperidade...

Varig, Varig, Varig!
(não tem jeito, sempre canto essa parte, rsrs)


Confesso que essa música me fazia sonhar, e eu me pego cantando até hoje. Será por isso que tive tanta pena quando soube que a empresa estava falindo? Será por isso eu fiquei feliz quando soube que foi comprada pela VarigLog, que mesmo aos trancos e barrancos a manteria de pé? Não sei, nunca voei de avião. Exceto no jato do Papai Noel, rsrs...

Mas a música que quero dedicar a vocês neste dia é esta aqui, outro dingle, de um antigo comercial em que um garotinho corria apressado, atrasado para a sua participação no coral de Natal, mas chegou a tempo de pronunciar a última frase (quem não se lembra disso?):

Quero ver
Você não chorar
Não olhar pra trás
Nem se arrepender do que faz...

Quero ver
O amor crescer
Mas se a dor nascer
Você resistir e sorrir...

Se você pode ser assim
Tão enorme assim, eu vou ver...
Que o Natal existe,
Que ninguém é triste,
Que no mundo há sempre amor!

Bom Natal!
Um Feliz Natal!
Muito Amor e Paz pra você!

Pra você...

Então é isso: Desejo que o Natal de vocês seja maravilhoso, memorável, daqueles que a gente gosta de lembrar de vez em quando... Desejo que tenha o brilho da infância, gosto de carinho, abraços calorosos, olhares amorosos... Podem ter certeza de que são o melhor presente. Desejo que tenham as bênçãos de Jesus, e que compartilhem tudo com o máximo de pessoas que puderem. Orem pelos seus irmãos, orem para que as pessoas sofram menos e o mundo seja melhor. E orem para que possamos realizar algo em prol disso, além de orar.

E não esqueça de, à meia-noite, olhar pela janela. Você pode ver o trenó de Papai Noel (sim, porque com a crise aeroviária, as renas estão mais velozes que os jatos, rsrs...)!

Grande abraço a todos!!!

Feliz Natal!!! º</:-D
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